Os dois novos diretores do Banco Central (BC), Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira, tomaram posse nesta terça-feira (2/1), segundo informou a assessoria da instituição. A assinatura dos termos de posse foi fechada à imprensa. Ainda de acordo com a assessoria, o diretor Picchetti está despachando em São Paulo e o diretor Rodrigo Alves, em Brasília.
A posse dos dois ocorre menos de um mês após a aprovação das indicações do Poder Executivo pelo Senado Federal, e a publicação dos decretos de nomeação no Diário Oficial da União (DOU).
Os dois se somam a Gabriel Galípolo (diretor de Política Monetária) e Ailton de Aquino (diretor de Fiscalização), indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em maio. Ambos participam das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) desde agosto deste ano, mês em que o órgão iniciou o ciclo de corte da taxa básica de juros, a Selic.
Com isso, Lula passa a ter quatro dos nove diretores no Comitê de Política Monetária (Copom). São oito diretores e o presidente da instituição, Roberto Campos Neto. Picchetti e Alves participarão da primeira reunião do Copom de 2024, que deverá ocorrer no fim de janeiro.
A Selic atualmente está em 11,75% ao ano, com previsão de novos cortes nas próximas reuniões (veja abaixo o calendário).
Copom baixa juros em 0,5 ponto percentual e Selic fecha 2023 em 11,75%
Paulo Pichetti e Rodrigo Teixeira são indicados como novos diretores do Banco Central
Paulo Pichetti e Rodrigo Teixeira são indicados como novos diretores do Banco Central
Hugo Barreto/Metrópoles
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Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou os nomes dos dois novos diretores em 30 de outubro
Hugo Barreto/Metrópoles
Fernando Haddad em coletiva 1
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Hugo Barreto/Metrópoles
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, e o ministro de Estado da Fazenda, Fernando Haddad, em sessão de debates no Congresso Nacional
Edilson Rodrigues/Agência Senado
Jair Bolsonaro, então presidente da República, faz sinal de positivo ao posar para foto com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Net, em fevereiro de 2019
Jair Bolsonaro, então presidente da República, faz sinal de positivo ao posar para foto com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Net, em fevereiro de 2019
Marcos Corrêa/PR
Jair Bolsonaro, então presidente da República, aperta a mão de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, no dia 28 de fevereiro de 2019
Jair Bolsonaro, então presidente da República, aperta a mão de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, em 2019
Marcos Corrêa/PR
Diretoria do Banco Central (BC)
Diretoria do Banco Central em reunião do Copom realizada em agosto de 2023. Foi a primeira com a participação dos primeiros dois nomes indicados por Lula: Gabriel Galípolo e Ailton de Aquino
Raphael Ribeiro/BCB
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Com a lei de autonomia do Banco Central, de 2021, este é o primeiro governo que convive com uma diretoria não totalmente indicada pelo presidente da República eleito.
O atual presidente da autoridade monetária foi escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e era próximo do então ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele tem mandato até o fim de 2024 e diz que seguirá no posto até o término da gestão.
Ao longo do ano, em ofensiva para a queda da Selic, Lula chegou a dizer que Campos Neto teria “compromisso com o outro governo [do ex-presidente Bolsonaro]”.
Com aproximação intermediada pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda), Campos Neto se reuniu algumas vezes com Lula no segundo semestre e participou de um jantar de confraternização oferecido pelo presidente na Granja do Torto no último dia 21.
Dança das cadeiras
Professor da Fundação Getulio Vargas de São Paulo, Picchetti é PhD em economia pela University of Illinois at Urbana-Champaign. Ele substitui Fernanda Guardado na Diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos.
Servidor de carreira do BC, Rodrigo Alves tem doutorado em economia pela Universidade de São Paulo, e exerceu o cargo de professor da Universidade de São Paulo (USP) e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Ele passa a comandar a Diretoria de Administração, no lugar de Carolina Barros, que foi transferida para a Diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta em substituição ao atual diretor Maurício Moura, cujo mandato se encerrou em 31 de dezembro de 2023.
Piccheti e Rodrigo Alves deverão ficar como diretores do BC até 31 de dezembro de 2027, podendo ter seus mandatos renovados por mais quatro anos, como previsto na lei de autonomia do BC.
Veja abaixo o calendário de reuniões do Copom em 2024:
30 e 31 de janeiro
19 e 20 de março
7 e 8 de maio
18 e 19 de junho
30 e 31 de julho
17 e 18 de setembro
5 e 6 de novembro
10 e 11 de dezembro
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Yanka Romão/Arte Metrópoles
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Yanka Romão/Arte Metrópoles
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Yanka Romão/Arte Metrópoles
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