spot_img
sexta-feira, 18 julho, 2025
More
    spot_img
    HomeBrasiliaApós MEC proibir, Justiça libera aulas de medicina em faculdade do DF

    Após MEC proibir, Justiça libera aulas de medicina em faculdade do DF

    -

    Após o Ministério da Educação (MEC) proibir a UniMauá de oferecer vagas para o curso de medicina, a decisão foi revogada pelo Tribunal Regional Federal 1ª Região. A decisão do desembargador federal João Carlos Mayer Soares foi deferida nessa terça-feira (4/4). São 180 alunos matriculados no curso pela instituição.

    Dessa forma, a Justiça suspende a Portaria nº 106, de 26 de março de 2024, publicada no Diário Oficial da União (DOU), que obrigava a faculdade do DF a suspender o ingresso de estudantes e a interromper a oferta efetiva para o curso. As medidas cautelares foram tomadas pelo MEC em notificação ao centro de ensino por anunciar novos cursos de medicina sem possuir o devido ato administrativo.

    “Determino a suspensão dos efeitos da Portaria com relação à parte autora, autorizando o início do período letivo e o funcionamento do curso de medicina, até que a administração cumpra com os comandos judiciais proferidos, independentemente da continuidade da incidência das astreintes arbitradas”, destaca a decisão.

    A faculdade comemorou a decisão judicial, que, segundo a pró-reitora, Leonice Moura, representa uma vitória para o UniMauá e uma grande conquista para a lice iniciativa. “Ganha a sociedade com a formação de profissionais especializados que, no futuro, ajudarão a atender a demanda crescente por saúde”, completou

    Questionado se o Ministério da Educação tem interesse em recorrer da decisão, a pasta não respondeu até a última atualização desta reportagem.

    Cursos abertos por liminares

    Neste mês, a coluna do jornalista Guilherme Amado revelou a pressão de liminares para abrir cursos por “atacado”. A reportagem apurou que, até 19 de março, tramitavam no Ministério da Educação (MEC) 369 pedidos judiciais para a criação de novos cursos ou vagas de medicina em instituições particulares no Brasil.

    Desde o início do julgamento sobre a constitucionalidade da regulação pelo Supremo Tribunal Federal (STF), 14 cursos já foram abertos por força de liminares.

    As liminares deferidas pelos TRFs cobram que o MEC libere portarias para novas escolas médicas no atacado, sem que sejam mapeadas as regiões de maior necessidade no país. Além disso, o setor alerta que a expansão descontrolada do mercado educacional levanta sérias preocupações quanto à qualidade da formação médica oferecida.

    O volume de pedidos adicionaria quase 60 mil vagas às escolas médicas, sem planejamento ou editais públicos, em total desprezo à regulamentação estabelecida pelo MEC e pelas determinações já existentes do Supremo.

    Até agora a maioria da Corte prevê a organização do ensino de medicina no Brasil por meio dos chamamentos públicos, que, em primeira ordem, são elaborados para promover a melhor distribuição de profissionais médicos no país, hoje concentrados nos grandes centros urbanos.

    Outras 5 instituições notificadas

    Além do Centro Universitário Mauá de Brasília, o MEC notificou cinco instituições de educação superior que anunciaram novos cursos de medicina sem possuir o devido ato autorizativo da pasta.

    No entanto, apenas a UniMauá e o Centro Universitário Facens (Unifacens), localizado em Sorocaba (SP), receberam as medidas cautelares. As demais não tiveram os nomes divulgados.

    Related articles

    LEAVE A REPLY

    Please enter your comment!
    Please enter your name here

    Stay Connected

    0FansLike
    0FollowersFollow
    3,912FollowersFollow
    22,400SubscribersSubscribe
    spot_img

    Latest posts