Após ter o corpo incendiado, Daniel Venâncio Pereira da Silva, de 27 anos, correu em chamas em plena Asa Norte, na manhã deste domingo (4/8). Segundo testemunhas, ele pediu socorro gritando: “Apaga, apaga, apaga”.
Veja:
De acordo com relatos de testemunhas, Daniel e um grupo de pessoas, todos em situação de rua, estavam em frente ao Ministério do Desenvolvimento Regional, ao lado do Ceub, quando começaram a discutir.
“Só ouvi os gritos. Muitos gritos. E ele [Daniel] saiu correndo pegando fogo. Era muito fogo. Muito. Mas ele não caiu. Correu de um lado para o outro. E ficou em pé gritando com uma faca na mão”, relatou uma testemunha.
Uma mulher no grupo teria ficado desesperada e gritado para que o levassem a um hospital.
Outros moradores conseguiram apagar o fogo. De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a vítima teve 20% do corpo queimado, incluindo o rosto. O boné que ele usava foi incinerado.
“A vítima conseguiu se deslocar até as proximidades do Autódromo de Brasília. Logo na sequência, os policiais militares encontraram a pessoa queimada”, disse o tenente da PMDF Caio César.
Daniel foi encaminhado ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran), onde foi socorrido. O estado de saúde dele é estável.
A policiais Daniel declarou que o suspeito é um homem de barba branca, olhos claros e sem alguns dentes. Segundo testemunhas, o agressor usava roupa verde.
Inicialmente, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) informou que havia encontrado o autor do crime. Contudo, a vítima não identificou a pessoa detida como sendo a responsável pelo ataque. A corporação patrulha a cidade em busca do criminoso.
Denúncias sobre o suspeitos podem ser encaminhadas às autoridades por meio do número 190, ou presencialmente na 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) ou no 3º Batalhão de Polícia (Asa Norte).
Região de risco
Segundo relatos de testemunhas, a região da Asa Norte perto da Arena BRB Mané Garrincha, do Autódromo de Brasília, do Ceub e do Parque Burle Marx tem sido palco de intenso consumo de drogas e de bebidas alcoólicas.
A área está tomada por pequenas invasões de pessoas em situação de rua.
