O número de mortes provocadas pela passagem do ciclone extratropical na Região Sul do país subiu para 37. O aumento ocorreu após confirmação, no início da noite desta quarta-feira (6/9), da Defesa Civil do Estado do Rio Grande do Sul de mais 5 mortes.
Enquanto o Rio Grande do Sul registra 36 óbitos, o estado de Santa Catarina informa uma morte em decorrência das fortes chuvas ocasionadas pelo ciclone.
De acordo com a atualização, o município de Roca Sales registrou mais dois óbitos, enquanto Lajeado teve o acréscimo de uma morte.
Já a cidade de Cruzeiro do Sul registou duas mortes. O aumento é acompanhado por Santa Tereza e Encantado, que passaram a figurar com um óbito cada.
Além disso, houve uma atualização na tabela apresentada pela pasta que revisou o número de mortes em Muçum de 15 para 14 óbitos.
Mortes por município:
Muçum: 14 mortes;
Roca Sales: 9 mortes;
Lajeado: 3 mortes;
Ibiraiaras: 2 mortes;
Cruzeiro do Sul: 3 mortes;
Estrela: 2 mortes;
Mato Castelhano: 1 morte;
Santa Tereza: 1 morte;
Encantado: 1 morte;
Passo Fundo: 1 morte.
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Bombeiros trafegam nas ruas das cidades em canoas
Divulgação/Bombeiros RS
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Moradores da região precisaram se abrigar em telhados para fugir da força das águas
Divulgação/Bombeiros RS
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Moradores da região precisaram ser regatados com uso de helicóptero
Divulgação/Governo RS
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Diante do aumento do nível de rios, casas ficaram submersas
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A Defesa Civil tem emitido alertas sobre o risco de enxurradas
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Um ciclone extratropical se formou na Região Sul, fazendo com que chuvas e ventos atinjam a localidade
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Imagens aéreas do município de Lajeado mostram a dimensão do estrago deixado pelo ciclone
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Milhares de famílias foram afetadas em dezenas de municípios do Sul do país
Divulgação/Bombeiros RS
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O número de municípios que reportaram eventos como tempestades, inundações e enxurradas está na casa dos 79, no Rio Grande do Sul. A Defesa Civil contabiliza ainda 9 desaparecidos até o momento.
Os dados também mostra que 3,5 mil estão desalojados e 2,3 mil desabrigados no estado. A Defesa Civil informa que as equipes que atuam no local já resgataram 1,7 mil pessoas.
O subchefe da Casa Militar-Proteção e Defesa Civil, coronel Marcus Vinicius Gonçalves Oliveira, afirmou que não há pessoas em situação de risco, ou seja, não restam mais pessoas ilhadas esperando resgate das forças de segurança. “Todos resgatados”, ressaltou.
O alto volume de chuvas causado pelo ciclone elevou o nível dos rios que cortam diversas cidades do Rio Grande do Sul. Imagens de pessoas nos telhados esperando por socorro tomaram as redes sociais.
Calamidade pública
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB-RS), decretou, nesta quarta, estado de calamidade pública no estado, dois dias após o ciclone extratropical na Região Sul deixar rastros de estragos e, ao menos, 37 mortos.
“Estamos mobilizados para resgatar as vítimas e reconstruir tudo que foi destruído pela tempestade”, disse Eduardo Leite. A informação foi divulgada durante coletiva. Há, inclusive, previsão de chuvas intensas na Região Sul, por conta do ciclone, para esta quarta.